Poema de autor desconhecido
A CULPA
A culpa é do pólen dos pinheiros
Dos juízes, padres e mineiros
Dos turistas que vagueiam nas ruas
Das 'strippers' que nunca se põem nuas
Da encefalopatia espongiforme bovina
Do Júlio de Matos, do João e da Catarina
A culpa é dos frangos que têm HN1
E dos pobres que já não têm nenhum
A culpa é das prostitutas que não pagam impostos
Que deviam ser pagos também pelos mortos
A culpa é dos reformados e desempregados
Cambada de malandros feios, excomungados,
A culpa é dos que têm uma vida sã
E da ociosa Eva que comeu a maçã.
A culpa é do Eusébio, que já não joga a bola,
E daqueles que não batem bem da tola.
A culpa é dos putos da casa Pia
Que mentem de noite e de dia.
A culpa é dos traidores que emigram
E dos patriotas que ficam e mendigam.
A culpa é do Partido Social Democrata
E de todos aqueles que usam gravata.
A culpa é do BE, do CDS, do PS e do PCP
E dos que não querem o TGV
A culpa até pode ser do urso que hiberna
Mas não será nunca de quem governa.
Recebi, da parte de um bom amigo (haverá amigos maus?), este poema que, tendo tanto de interessante como de actual, parece feito à medida do que se passa aqui na Madeira.
Com efeito, o Sr. Dr. Jardim, Presidente do GR há mais de trinta anos, anda pelas portas das igrejas, qual indigente político, a explicar ao povo superior que não tem culpa do descalabro financeiro e da tremenda desgraça que nos atingiu.
Como é possível?
Um homem que governou sem oposição, que se autointitula “Único Importante”, que não dá ouvidos a nada e a ninguém, que insulta, enxovalha e difama quem se atreva a não lhe lamber as botas, que nunca passou a bola a ninguém incluindo aos seus colaboradores, que teve sempre, sempre, a faca e o queijo na mão, não é culpado de nada?
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