Quem não fizer partes das suas formações apoiantes não precisa de escavar muito fundo para concluir que Cavaco Silva continuará a não estar à altura dos desafios que vamos ter de enfrentar nos tempos que se vão seguir. E esta triste e desprestigiante campanha eleitoral confirmam as perspectivas mais pessimistas. O Presidente recandidato, para lá de não apresentar nada de inovador e convincente, perante os ataques pessoais de que está a ser alvo, tem-se comportado como um Tartufo digno das mais sarcásticas peças de Moliere.
Quanto a Manuel Alegre, apesar das fraquezas do seu principal opositor, enveredou pela estratégia errada (embora a mais fácil e habitual). Tendo telhados de vidro, optou por atirar pedras ao adversário. Ao optar pela agressividade e atacar Cavaco em vez de apresentar ideias, deu um inequívoco sinal de fraqueza e acabou por dar demasiada importância ao seu opositor.
Mas não me parece que esta situação se revista de grande gravidade. Afinal, os poderes do Presidente da República são muito reduzidos e acabam por não resolver quase nada. A menos que apareça alguém suficientemente inteligente e corajoso para “dar a volta ao texto”, como se costuma dizer.
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