CONTRA OS ABUSOS DO PODER
VENHAM DONDE VIEREM
Sábado, 8 de Dezembro de 2018
O Rei vai Nu
Não resisto a transcrever esta preciosodade de José Pacheco Pereira:
Eu acho muito bem que os restaurantes portugueses tenham cada vez mais estrelas Michelin e dou os parabéns aos seus cozinheiros. Mas não conto ir comer a nenhum dos seus restaurantes porque aquilo não é comida. Pode ser “arte” e “cultura” mas comida não é. Pode excitar-me o palato com sensações únicas dar-me uma “experiência” rara de sabores, mas, quando eu como, não quero ser maçado com uma explicação técnica e em linguagem cifrada do que vou comer, com muitos “sucos” e “espumas”, nem “braseado”, nem “confitado” e, muito menos, “resumido”, palavra muito verdadeira visto que de um modo geral basta uma garfada para acabar com o estético montinho de qualquer coisa muito boa e cara deitada “em sua cama” de um prato arranjado como um Pollock (Jackson).
Não defendo o "Enfarta Brutos" mas, muito menos defendo aqueles que servem os pratos "resumidos" que só podem ser observados com uma boa lupa e cujo preço se escreve com três dígitos!
De Manuel Prazeres Pais a 10 de Dezembro de 2018 às 10:44
Meu Caro:
Concordo totalmente com o expressado. Insere-se na linha do seu post anterior: País de Pacóvios.
Um abraço,
MPPais
Agora a culinária é um ritual religioso. Empratar a comida reveste-se de gestos mágicos em que é obrigatória uma profunda vénia por cima do prato.
De Manuel Prazeres Pais a 10 de Dezembro de 2018 às 11:42
Concordo.
O fenómeno é "global"...produto duma Sociedade que cada vez mais assenta no consumo emulativo.
De Anónimo a 10 de Dezembro de 2018 às 23:15
Ainda prefiro um prato como os que se usam numa patuscada, por exemplo, à moda de São Vicente. Michelin, o mais certo, é ser tão intragável como um pneu de carro.
Duarte Mendes
Comentar post